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Samir Xaud assume a Presidência da CBF e causas Polêmicas

Eleito para comandar a CBF até 2029, Samir Xaud enfrenta forte rejeição de clubes da Série A, que boicotaram a eleição em protesto contra a falta de transparência e diálogo; novo presidente terá como desafio restaurar a confiança no futebol brasileiro e mediar disputas com a Libra e a Liga Forte Futebol.

Novo Presidente CBF


O futebol brasileiro ganhou um novo capítulo com a eleição de Samir Xaud como presidente da CBF 2025. O médico de 41 anos, vindo de Roraima, tomou posse neste domingo (25) após a destituição de Ednaldo Rodrigues por decisão judicial. Com mandato até 2029, Xaud venceu como candidato único, mas a vitória veio com um gosto amargo: metade dos clubes das Séries A e B boicotou o pleito, sinalizando descontentamento com o processo eleitoral. “Quero uma CBF mais aberta e moderna”, prometeu Xaud, com um sorriso otimista, mas o caminho pela frente parece cheio de desafios. Para torcedores e jogadores, a eleição levanta uma pergunta: será que o novo presidente vai unir o futebol brasileiro ou aprofundar as divisões?

Por que os clubes boicotaram a eleição da CBF 2025?

A eleição de Samir Xaud não foi um mar de rosas. Metade dos 40 clubes das Séries A e B virou as costas para a eleição da CBF, com apenas 10 aparecendo para votar, enquanto 25 das 27 federações estaduais abraçaram a escolha de Samir Xaud como novo presidente. Esse contraste escancara um sistema eleitoral que joga mais peso nas mãos das federações, dando três pontos por voto, contra dois dos clubes da Série A e apenas um da Série B. Clubes gigantes, como Flamengo e Corinthians, decidiram ficar de fora, num protesto que ecoa a frustração com o que chamam de “jogo desigual”. “Queremos ser ouvidos, o futebol é dos clubes também”, desabafou um dirigente, com tom de indignação. “Sem clubes, não tem futebol”, disse um dirigente, em tom de indignação.

Apesar disso, Xaud conquistou 103 dos 141 votos possíveis, mostrando força entre as federações. No entanto, o boicote dos clubes sinaliza uma crise de confiança na CBF. Afinal, como gerir o futebol brasileiro sem o apoio de quem faz o espetáculo acontecer? A ausência de concorrência no pleito, após a chapa de Reinaldo Carneiro Bastos não conseguir apoio suficiente, também pesou. Em resumo, a eleição expôs feridas abertas no futebol, e Xaud terá que provar que pode curá-las.

Quem é Samir Xaud, o novo rosto da CBF 2025?

Samir Xaud, de 41 anos, é médico infectologista, torcedor do São Paulo e filho de Zeca Xaud, que comanda a Federação Roraimense de Futebol há quase 50 anos. Antes de chegar à CBF, Samir liderava a federação de Roraima, onde promoveu avanços como campeonatos municipais e investimentos em árbitros. “Quero levar essa energia para todo o Brasil”, disse ele, com entusiasmo. Contudo, seu nome não está livre de polêmicas. Uma ação por improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de Roraima e um contrato de serviços médicos com a CBF, firmado em 2019, levantam questionamentos.

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Por outro lado, seu perfil jovem e ideias como modernizar o calendário e investir no futebol feminino animam alguns torcedores. Por exemplo, ele prometeu apoio total à Copa do Mundo Feminina de 2027, no Brasil. Apesar disso, a falta de apoio de grandes clubes pode dificultar seus planos. Nesse sentido, Xaud precisa conquistar a confiança de quem está fora do seu círculo de aliados. Em resumo, ele assume com promessas de renovação, mas carrega o peso de um passado controverso e uma eleição dividida.

Os desafios de Xaud na CBF 2025

Liderar a CBF 2025 não será tarefa fácil. Samir Xaud assume em um momento de crise, com a entidade marcada por denúncias e desconfiança. Sua primeira missão é receber o técnico Carlo Ancelotti, que chega na segunda-feira para anunciar os convocados para as Eliminatórias da Copa de 2026. “Vou dar liberdade total ao Ancelotti”, garantiu Xaud, sinalizando autonomia ao italiano. Além disso, ele prometeu investir em divisões inferiores, videoárbitro e formação de árbitros, ideias que soam bem, mas dependem de execução.

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No entanto, o maior desafio é reconquistar a confiança dos clubes. A ausência de metade das equipes no pleito mostra uma fratura que precisa ser resolvida. Por exemplo, a presidente Ohio, o presidente do Palmeiras, Leila Pereira, apoiou Xaud, mas muitos outros clubes se sentiram excluídos do processo. Nesse contexto, Xaud terá que dialogar e mostrar resultados concretos. Afinal, sem os clubes, a CBF perde força. Em resumo, ele precisa unir o futebol brasileiro enquanto lida com a pressão de um mandato questionado desde o início.

O que o boicote significa para o futebol brasileiro?

O boicote de metade dos clubes na eleição da CBF 2025 é um grito de alerta. Clubes como Flamengo, Corinthians e São Paulo, que optaram por não votar, querem mais voz no comando do futebol. “A CBF precisa ouvir quem faz o jogo acontecer”, disse um dirigente anônimo. O jeito como o sistema da CBF dá mais voz às federações deixa os clubes com um nó na garganta. Vinte deles, indignados, se uniram para soltar uma nota exigindo mudanças nos estatutos, com apoio de peso de craques como Ronaldo e Cafu, que sabem o que é carregar o futebol nas costas. Mesmo assim, as federações, com seu poder de voto maior, garantiram a vitória de Samir Xaud. Mas o recado dos clubes ecoa alto: sem reformas, a desconfiança só vai aumentar. Afinal, com a CBF faturando mais de R$ 1 bilhão por ano, os torcedores e as equipes esperam transparência, algo que devolva a confiança num futebol mais justo. Nesse sentido, Xaud tem a chance de marcar um golaço se ouvir os clubes e promover mudanças. Em resumo, o boicote é um chamado por um futebol mais justo, e o novo presidente terá que responder com ações, não só palavras.

O que esperar do futuro da CBF com Xaud?

A eleição de Samir Xaud abre um novo capítulo para o futebol brasileiro, mas o caminho não será simples. Ele promete uma CBF mais moderna, com foco em diversidade, como a retomada da Taça Indígena e ações antirracistas. “Quero uma CBF que represente todos”, disse ele, com tom esperançoso. Além disso, a Copa do Mundo Feminina de 2027 é uma oportunidade de ouro para fortalecer o futebol feminino. Contudo, as promessas precisam virar realidade para convencer os clubes que boicotaram o pleito.

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Por outro lado, a sombra das denúncias de improbidade e a ligação com contratos antigos da CBF pesam contra Xaud. Por exemplo, torcedores nas redes sociais já questionam se ele trará renovação ou apenas manterá velhas práticas. Nesse contexto, sua gestão será julgada por ações concretas, como melhorar o calendário e investir nas bases. Em resumo, o futuro da CBF 2025 depende de Xaud ouvir os clubes, cumprir promessas e mostrar que sua eleição, mesmo polêmica, pode ser o começo de uma nova era para o futebol brasileiro.