O sábado, 5 de abril de 2025, gravou-se no coração dos torcedores do Sada Cruzeiro como uma noite transbordante de sentimentos. No Poliesportivo do Riacho, em Contagem, o ginásio pulsava com vida enquanto a equipe mineira encarava o Vedacit Vôlei Guarulhos. Com a alma leve e o peito cheio de orgulho, os jogadores confirmaram o favoritismo que carregam como um manto sagrado nesta temporada da Superliga Masculina. Cada lance era um suspiro coletivo, cada vitória um abraço compartilhado entre time e torcida, numa dança de paixão que fez daquela noite um marco inesquecível para quem ama o vôlei.
Com um placar de 3 sets a 0, diante de um ginásio lotado, o time deu o primeiro passo firme nas quartas de final, enchendo os corações da Nação Azul de orgulho e esperança. Vamos mergulhar nessa história de garra, união e paixão pelo vôlei que ecoou pelas arquibancadas.
Uma Noite de Festa no Poliesportivo do Riacho
O clima no ginásio era elétrico antes mesmo de a bola subir. Famílias inteiras, amigos e apaixonados por vôlei lotaram as arquibancadas, transformando o Poliesportivo do Riacho num caldeirão de energia. O Sada Cruzeiro, líder absoluto da fase regular com 19 vitórias em 22 jogos, entrou em quadra com a confiança de quem sabe o peso da camisa que veste. E o time não decepcionou. Com jogadas precisas e uma defesa quase impenetrável, os mineiros dominaram o Guarulhos desde o primeiro saque. Wallace, com sua potência no ataque, e Douglas Souza, brilhando na recepção, guiaram a equipe a uma vitória que parecia inevitável.
Para os torcedores, como a jovem Mariana Lopes, que levou a filha pequena para ver o jogo, o momento foi especial. “Cresci vendo o Cruzeiro vencer, e agora trago ela pra sentir essa emoção”, conta, com um sorriso largo. A torcida cantou, vibrou e aplaudiu cada ponto, criando uma atmosfera que empurrou o time para frente. Enquanto isso, o Guarulhos, mesmo com esforço, não encontrou brechas na muralha celeste. A noite terminou com um 3 a 0 que reflete a força de um elenco unido e a conexão única entre jogadores e fãs. Foi mais que um jogo; foi uma celebração do amor pelo esporte.
O Peso do Favoritismo e a Resposta em Quadra
Carregar o rótulo de favorito nem sempre é fácil. O Sada Cruzeiro, no entanto, transformou essa pressão em combustível. Após uma temporada impecável, com títulos no Campeonato Mineiro, na Supercopa, no Sul-Americano e no Mundial de Clubes, o time chegou aos playoffs como o grande nome a ser batido. E, contra o Guarulhos, mostrou por que merece esse status. O técnico Filipe Ferraz, com sua estratégia afiada, soube explorar os pontos fracos do adversário, enquanto os jogadores exibiam uma sintonia que encanta quem assiste.
Do outro lado, o Guarulhos, oitavo colocado na fase regular, entrou em quadra com a missão de surpreender. A equipe paulista, que oscilou ao longo da temporada, apostava na garra para virar o jogo fora de casa. Mas o Cruzeiro não deu espaço. Cada bloqueio, cada ataque certeiro, parecia carregar a história de um clube que já levantou a Superliga oito vezes. “A gente joga por eles também”, disse o levantador Cachopa, apontando para a torcida após a partida. A vitória por 3 a 0 não foi só um resultado; foi uma declaração de que o time está pronto para buscar o nono troféu. Agora, com a vantagem na série melhor de três, os mineiros olham para o próximo duelo com confiança renovada.
O Que Vem Pela Frente na Batalha dos Playoffs
A estrada até o título ainda guarda desafios, e o próximo capítulo já tem data marcada. O segundo jogo da série acontece em Guarulhos, onde o time paulista terá o apoio de sua torcida para tentar empatar o confronto. Para o Sada Cruzeiro, uma vitória fora de casa significa a classificação direta às semifinais, mas ninguém no elenco subestima o adversário. “Eles vão vir com tudo, e a gente precisa manter o foco”, alertou Douglas Souza, ciente de que playoffs são feitos de reviravoltas.
Enquanto isso, em Contagem, a Nação Azul já sonha com o retorno do time ao Riacho para uma possível semifinal. A paixão dos torcedores, que lotaram o ginásio no sábado, é o que move esse elenco. Dona Lúcia, de 68 anos, não perdeu um lance. “Eu venho desde a época do ginásio pequeno. Ver esse time crescer me enche de alegria”, conta ela, com os olhos brilhando. O Guarulhos, por sua vez, aposta na força de sua casa para reacender a esperança. Seja como for, o Sada Cruzeiro sai na frente, carregando não só a vantagem no placar, mas também o peso de uma história vitoriosa que inspira gerações.
Uma Conexão que Vai Além da Quadra
Mais que uma simples vitória, o duelo contra o Guarulhos reacendeu a chama que une o Sada Cruzeiro aos corações de sua gente. Em Minas Gerais, o vôlei vai muito além das quatro linhas da quadra; ele se entrelaça com a alma de quem carrega no peito as cores celestes, pulsando como parte viva da cultura e da identidade local. Nas arquibancadas do Poliesportivo do Riacho, crianças vestidas com o uniforme do time sorriam ao lado de avós que, com olhos brilhantes, narravam histórias de conquistas de outros tempos. Jovens, cheios de energia, gritavam a cada ponto, como se cada jogada fosse um pedacinho de suas próprias vidas. Ali, naquela noite mágica de sábado, ficou claro: o Cruzeiro não é apenas um clube; é uma grande família que respira junto, vibra junto e sonha junto, com o ginásio ecoando em uma só voz.
Para os atletas, esse calor humano é como um abraço que impulsiona. Wallace, ainda ofegante e com o suor escorrendo após a partida, abriu um sorriso e disse: “A torcida é nosso sexto jogador, sem dúvida”. Enquanto o time já volta os olhos para o próximo desafio, paira no ar a certeza de que essa conexão especial pode levá-los a horizontes ainda mais altos. O Guarulhos, mesmo deixando a quadra de cabeça baixa, leva consigo o aprendizado de ter enfrentado um titã em seu auge. Para os mineiros, o placar de 3 a 0 marca apenas o primeiro passo de uma jornada que promete emocionar. O sonho do nono título da Superliga continua aceso, e a caminhada, agora, ganha tons ainda mais vibrantes. Que venha o próximo capítulo dessa história apaixonante que corre nas veias de Contagem.