O Supremo Tribunal Federal (STF) deu um ponto final, por enquanto, na novela envolvendo Ednaldo Rodrigues na CBF. Na noite de quarta-feira, 7 de maio de 2025, o ministro Gilmar Mendes negou dois pedidos que queriam tirar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) do cargo. A deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, tentaram o afastamento, alegando uma possível fraude na assinatura de um acordo que garantiu Ednaldo no poder. Gilmar, porém, bateu o martelo: “É incabível tirar o presidente agora”. Mesmo assim, ele jogou um balde de água fria nos bastidores ao mandar o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) investigar “imediatamente e com urgência” as suspeitas levantadas.
Por exemplo, o caso gira em torno de um laudo que diz que a assinatura do Coronel Nunes, ex-dirigente da CBF, num acordo de 2022, pode ser falsa. Esse documento foi chave para manter Ednaldo na presidência. Apesar da decisão de Gilmar, a história está longe de acabar — o STF volta a julgar o caso no dia 28 de maio. A seguir, contamos tudo sobre a permanência de Ednaldo Rodrigues na CBF, os detalhes das acusações e o que isso significa para o futebol brasileiro.
Por Que Ednaldo Rodrigues na CBF Segue no Cargo?
A decisão de Gilmar Mendes para manter Ednaldo Rodrigues na CBF veio com um recado claro: Daniela do Waguinho e Fernando Sarney não têm “legitimidade” para pedir o afastamento. Isso porque, numa ação direta de inconstitucionalidade, só certas autoridades e entidades podem atuar, e eles não estão na lista. Gilmar também disse que, quando o acordo foi assinado, não havia sinais de fraude ou problemas com a capacidade de quem assinou, como o Coronel Nunes. Então, por ora, Ednaldo respira aliviado.
Por outro lado, a suspeita de falsificação não foi ignorada. O ministro mandou o TJ-RJ investigar rapidinho se a assinatura de Nunes é verdadeira ou não. Esse acordo, assinado em 2022 com o Ministério Público do Rio (MP-RJ), acabou com uma briga judicial e garantiu a eleição de Ednaldo. Se o TJ-RJ confirmar a fraude, a coisa pode complicar. Enquanto isso, a CBF soltou uma nota dizendo que tudo foi feito na legalidade e que a decisão do STF prova a “lisura” da gestão. Em resumo, Ednaldo ganhou um round, mas a luta continua.
O Que Está por Trás da Polêmica?
A briga por Ednaldo Rodrigues na CBF começou com um acordo que parecia resolver tudo. Em 2017, o MP-RJ entrou com uma ação contra mudanças no estatuto da CBF, que davam mais poder às federações e menos aos clubes. Em 2022, a CBF e o MP fizeram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), prometendo reformar o estatuto. Esse TAC abriu caminho para a eleição de Ednaldo, mas, em dezembro de 2023, o TJ-RJ anulou o acordo, tirando-o do cargo. Gilmar Mendes, em janeiro de 2024, deu uma liminar para colocá-lo de volta, e o STF homologou o acordo em fevereiro de 2025.
Agora, Daniela do Waguinho e Fernando Sarney jogaram uma bomba: um laudo diz que a assinatura de Nunes, um dos cinco dirigentes que assinaram o acordo, pode ser falsa. Daniela, ex-ministra do Turismo, quer anular o acordo e a liminar de Gilmar, alegando que a assinatura não foi feita “livremente” ou que Nunes não estava em plenas condições. Em contrapartida, a CBF jura que tudo é legítimo. O caso, aliás, esquenta num momento delicado: Ednaldo demitiu Dorival Júnior da Seleção em março e ainda não achou um técnico. Em suma, a CBF vive um tiroteio jurídico.
O Que a Apuração Urgente Pode Mudar?
A ordem de Gilmar para o TJ-RJ investigar a assinatura de Nunes é o grande giro dessa história. Se a fraude for confirmada, o acordo de 2022 pode cair, e com ele a base que mantém Ednaldo Rodrigues na CBF. Isso poderia levar a novas eleições ou até a volta de um interventor, como José Perdiz, do STJD, que assumiu brevemente em 2023. A Fifa, que detesta interferências judiciais em federações, já ameaçou punir o Brasil no passado, o que poderia afetar a Seleção em torneios internacionais.
Por outro lado, se o TJ-RJ concluir que a assinatura é válida, Ednaldo ganha fôlego para tocar a CBF até 2030, já que foi reeleito em março. A decisão de Gilmar, aliás, dá uma estabilidade temporária, importante para negociações como a busca por um técnico — Carlo Ancelotti é o sonho. Mesmo assim, o julgamento do STF no dia 28 de maio vai decidir uma questão maior: pode o MP fazer acordos com entidades esportivas privadas? Essa resposta pode mudar o jogo para a CBF e outras confederações. Em resumo, a apuração no Rio é a chave para o futuro de Ednaldo.
Como o Brasil Está Reagindo a Isso?
A notícia sobre Ednaldo Rodrigues na CBF botou fogo nas conversas dos torcedores. Nas redes, a hashtag #CBFEscândalo apareceu, com gente pedindo transparência e outros defendendo Ednaldo, dizendo que ele é alvo de “golpe”. “O futebol brasileiro já tá uma bagunça, agora isso?”, reclamou um usuário no X. A CBF, por sua vez, saiu em defesa do presidente, dizendo que a decisão do STF é uma “vitória da legalidade”. Já a oposição, liderada por figuras como Daniela, insiste que a suposta fraude é grave demais para ignorar.
Por outro lado, o caso reacendeu críticas à gestão da CBF. Uma reportagem da revista Piauí, de abril, apontou gastos estranhos, como R$ 3 milhões em viagens para amigos de Ednaldo na Copa do Qatar. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) até pediu uma audiência para discutir isso, falando em “conflito de interesses” por causa de uma parceria entre a CBF e o IDP, ligado a Gilmar Mendes. Enquanto isso, torcedores só querem um técnico para a Seleção e menos briga. Em suma, o Brasil está dividido, mas todos querem um futebol menos enrolado.
Os Desafios de Ednaldo na CBF
Manter Ednaldo Rodrigues na CBF é só metade da batalha. A entidade vive um momento delicado, sem técnico para a Seleção e com críticas à gestão. Ednaldo demitiu Dorival Júnior em 28 de março, e a busca por um substituto, como Ancelotti, não avançou. A pressão aumenta porque o Brasil não se classificou para os Jogos Olímpicos de Paris, e a torcida cobra resultados. Além disso, a CBF enfrenta denúncias de falta de transparência, como os gastos na Copa do Qatar e aumentos salariais para federações.
Por outro lado, Ednaldo tem apoio de 27 federações e 40 clubes das Séries A e B, que o reelegeram por aclamação. A decisão de Gilmar dá a ele um escudo jurídico, mas a apuração no TJ-RJ pode mudar tudo. Se a fraude for confirmada, a Fifa pode entrar em cena, exigindo autonomia para a CBF. Em contrapartida, se Ednaldo se segurar, pode focar em reformar a imagem da entidade. Em resumo, ele está numa corda bamba, com o Brasil inteiro de olho.
O Papel do STF no Caso da CBF
O STF, com Gilmar Mendes na frente, virou o centro dessa novela. A decisão de manter Ednaldo Rodrigues na CBF mostra como o Supremo acaba decidindo questões que vão além da política, mexendo até com o futebol. Gilmar já tinha dado uma liminar em janeiro de 2024 para devolver Ednaldo ao cargo, quando o TJ-RJ tentou nomear um interventor. Agora, ele reforça que o MP pode, sim, fazer acordos com entidades como a CBF, desde que não haja abusos.
Enquanto isso, o julgamento de 28 de maio vai discutir se o MP tem poder para esses acordos com entidades privadas. Se o STF disser que não, o TAC de 2022 pode ser anulado, mesmo sem prova de fraude. Por outro lado, se o Supremo apoiar o MP, Ednaldo fica mais forte. O caso, aliás, levanta uma questão maior: até onde a Justiça pode mexer no esporte? Em resumo, o STF está no meio de um jogo que mistura lei, futebol e poder.
O Que o Mundo do Futebol Espera?
A briga por Ednaldo Rodrigues na CBF não é só brasileira — o mundo do futebol está de olho. A Fifa já mostrou que não gosta de tribunais metendo o bedelho em federações. Em 2023, quando o TJ-RJ nomeou José Perdiz como interventor, a Fifa ameaçou suspender o Brasil de torneios, o que seria um desastre para a Seleção. Agora, com a apuração no Rio, a entidade pode voltar a chiar se sentir que a autonomia da CBF está em risco.
Por outro lado, a Conmebol, que organiza a Libertadores e a Sul-Americana, também acompanha o caso. Uma CBF instável pode atrapalhar competições e negociações, como patrocínios. No Brasil, clubes e federações querem paz para focar no campo, mas a novela jurídica não ajuda. Enquanto isso, torcedores sonham com um técnico novo e menos confusão. Em resumo, o futebol global espera que o Brasil resolva logo essa bagunça.
Ednaldo Fica, mas a Bola Não Para
A decisão do STF de manter Ednaldo Rodrigues na CBF é como um gol no último minuto — dá alívio, mas não acaba o jogo. Gilmar Mendes segurou Ednaldo no cargo, mas a ordem para investigar a assinatura de Coronel Nunes no TJ-RJ mantém a tensão no ar. O julgamento de 28 de maio pode mudar tudo, decidindo não só o futuro de Ednaldo, mas como a Justiça lida com o esporte. Por enquanto, a CBF ganha tempo para respirar, mas o Brasil quer mais: quer um futebol forte, transparente e com a Seleção brilhando.
A novela está longe do fim, e cada capítulo traz mais emoção. Ednaldo, reeleito por aclamação, precisa provar que merece a confiança de clubes, federações e torcedores. Enquanto isso, o STF e o TJ-RJ seguram as rédeas de um caso que mistura lei e paixão nacional. A permanência de Ednaldo Rodrigues na CBF é um passo, mas o gol de placa só vem com transparência e vitórias dentro e fora do campo.