Brasileirão 2025: Quatro Técnicos Demitidos em Apenas Quatro Rodadas – Clube da Bola
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Brasileirão 2025: Quatro Técnicos Demitidos em Apenas Quatro Rodadas

Campo

O Brasileirão 2025 mal deu seus primeiros passos, e a instabilidade já toma conta dos bastidores. O Brasileirão 2025 mal começou, e a pressão já mudou o rumo de quatro clubes. Mano Menezes, Pedro Caixinha, Gustavo Quinteros e Ramón Díaz foram demitidos em apenas quatro rodadas, mostrando como o futebol brasileiro vive obcecado por resultados instantâneos. Fluminense, Santos, Grêmio e Corinthians escolheram novos caminhos, mas essas mudanças rápidas reacendem um velho debate: onde está a paciência e o planejamento? Torcedores e jogadores sentem o impacto, e a instabilidade ameaça o brilho do campeonato. Esse cenário, aliás, mexe com torcedores, jogadores e até com a credibilidade do campeonato.

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Por exemplo, a dança das cadeiras não é novidade. No ano passado, 2024, vimos 20 trocas de técnicos em 38 rodadas, um número que chocou até Pep Guardiola, técnico do Manchester City. Ele chegou a dizer que os clubes brasileiros deveriam questionar mais suas diretorias do que os treinadores. Nesse sentido, as demissões de 2025 mostram que pouco mudou. A busca por vitórias a qualquer custo continua falando mais alto, e isso impacta o desempenho dos times, a confiança das torcidas e até o futuro do futebol nacional.

Mano Menezes: A Primeira Queda entre os Técnicos Demitidos

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Logo na estreia do Brasileirão, Mano Menezes se tornou o primeiro dos técnicos demitidos. O Fluminense perdeu por 2 a 0 para o Fortaleza, e a derrota foi a gota d’água para uma diretoria já insatisfeita. Mano, que vinha de críticas por um estilo de jogo muito defensivo, não resistiu à pressão, especialmente após o vice-campeonato carioca. A saída dele, junto com os auxiliares Sidnei Lobo e Thiago Kosloski, abriu espaço para Renato Gaúcho, que assumiu e levou o time a quatro vitórias seguidas, reacendendo a esperança da torcida.

Essa mudança, no entanto, levanta uma questão delicada. A demissão de Mano, embora parecesse inevitável após o tropeço, mostra como os clubes têm pouca tolerância com erros no começo da temporada. Além disso, o sucesso imediato de Renato sugere que o problema não era só o treinador, mas também a relação com o elenco. Em resumo, a queda de Menezes deu o tom para o que viria: um Brasileirão marcado por decisões rápidas e, muitas vezes, impulsivas.

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Santos: Pedro Caixinha Cai sob Pressão

Na terceira rodada, foi a vez de Pedro Caixinha engrossar a lista de técnicos demitidos. O português, que comandava o Santos, não resistiu após uma derrota por 1 a 0 para o Fluminense, somando só um ponto em três jogos. Pedro Caixinha já carregava nas costas o peso das críticas desde a decepcionante campanha no Paulistão, e quando o Brasileirão 2025 começou com aquela instabilidade que conhecemos bem, seu destino foi selado no Peixe. O treinador deixou um legado de números que não mentem: apenas seis vitórias em 17 confrontos, além de quatro empates e sete derrotas que fizeram a paciência da diretoria se esgotar.

O respiro veio com aquele 2 a 0 contra o Galo Mineiro, já sob o comando de César Sampaio como interino, reacendendo aquela chama de esperança que todo santista carrega no peito – ainda que incerta, ainda que trêmula. Foi daqueles momentos que a torcida abraça com alívio, mas sem deixar de lado aquela apreensão sobre o que o amanhã reserva para o clube da Vila Belmiro. Mas a verdade é que mudanças tão frequentes atrapalham o time a encontrar um rumo. A demissão de Caixinha, nesse sentido, é mais um exemplo de como os clubes optam por soluções imediatas, sem pensar no impacto a longo prazo. Assim, o Santos agora corre contra o tempo para achar um treinador que traga estabilidade e devolva a confiança à torcida.

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Grêmio: Gustavo Quinteros e o Peso de uma Goleada

Gustavo Quinteros foi o terceiro dos técnicos demitidos, deixando o Grêmio após uma derrota humilhante por 4 a 1 para o Mirassol, na quarta rodada. Contratado no início de 2025, o argentino, que é naturalizado boliviano, teve um começo promissor no Gauchão, com goleadas e bom futebol. Mas, no Brasileirão, o desempenho despencou. Com apenas uma vitória em quatro jogos, o Tricolor gaúcho patinava na 17ª posição, na zona de rebaixamento, e a pressão se tornou insuportável.

Essa demissão, aliás, mostra como resultados ruins podem apagar qualquer crédito conquistado. O Grêmio, que agora terá James Freitas como interino, enfrenta um clássico contra o Internacional na próxima rodada, o que aumenta ainda mais a cobrança. Além disso, a saída de Quinteros reforça a dificuldade de técnicos estrangeiros em se adaptar ao ritmo frenético do futebol brasileiro. Em suma, a goleada sofrida pelo Grêmio foi o estopim para uma mudança que, embora necessária para alguns, expõe a fragilidade do planejamento do clube.

Corinthians: Ramón Díaz Não Supera a Crise

O quarto nome entre os técnicos demitidos foi Ramón Díaz, dispensado pelo Corinthians após uma derrota por 2 a 0 para o Fluminense, também na quarta rodada. Apesar de ter conquistado o Paulista, Díaz enfrentava críticas por resultados ruins no Brasileirão, na Libertadores e na Sul-Americana. A eliminação precoce na Libertadores e uma derrota recente para o Palmeiras pesaram, assim como a perda de apoio de Memphis Depay, principal jogador do time. Sem um substituto imediato, a diretoria optou pela mudança, liderada por Augusto Melo.

Essa decisão, portanto, reflete o tamanho da pressão no Corinthians. A torcida, sempre exigente, não perdoa tropeços, e a expectativa por títulos é enorme. A demissão de Díaz, embora motivada por números, levanta dúvidas sobre a estratégia do clube, que agiu sem ter um plano claro para o futuro. Assim, o Timão agora enfrenta o desafio de encontrar um novo treinador em meio a um momento turbulento, com a torcida dividida e o time precisando de calma para evitar uma crise ainda maior.

O que as Demissões Revelam sobre o Brasileirão

Quatro técnicos demitidos em apenas quatro rodadas do Brasileirão 2025 é um sinal claro de que algo precisa mudar no futebol brasileiro. A pressão por resultados imediatos, como já apontava Pep Guardiola, reflete uma falha maior na gestão dos clubes. A crítica do treinador do Manchester City, aliás, faz ainda mais sentido agora. Ele dizia que a rotatividade de técnicos é um sintoma de problemas mais profundos, como a falta de visão de longo prazo.

Além disso, essas trocas constantes bagunçam a cabeça dos jogadores, que precisam se adaptar a novos estilos de trabalho em tempo recorde. Isso gera desgaste e, muitas vezes, resultados ainda piores. Por outro lado, vitórias sob comandos interinos, como as do Fluminense e do Santos, criam a falsa ideia de que demitir é sempre a solução. Mas a história prova o contrário: clubes como o Palmeiras, que mantêm Abel Ferreira há anos, mostram que paciência e planejamento são o caminho para o sucesso.

Em sintese, as quedas de Mano Menezes, Pedro Caixinha, Gustavo Quinteros e Ramón Díaz são um alerta. O futebol brasileiro precisa parar de apostar em soluções mágicas e começar a investir em projetos sólidos. Enquanto a dança das cadeiras continuar, o Brasileirão vai sofrer com instabilidade, e quem paga o preço são os torcedores, que sonham com um futebol mais consistente e emocionante.