Naquela segunda-feira, 19 de maio de 2025, o futebol brasileiro levou um baita susto. Ednaldo Rodrigues, que já foi o manda-chuva da CBF, resolveu jogar a toalha e abriu mão de brigar no Supremo Tribunal Federal (STF) para voltar à presidência da entidade. Em uma carta ao ministro Gilmar Mendes, ele pediu para engavetar sua ação e, de quebra, deixou claro que não está na torcida por nenhum candidato na eleição marcada para domingo, 25 de maio. A decisão põe um ponto final em uma fase cheia de confusão, mas deixa um monte de perguntas no ar sobre o que vem pela frente na Confederação Brasileira de Futebol.
Tudo começou na quinta passada, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) tirou Ednaldo do cargo por causa de uma suposta assinatura falsificada. Ele até tentou reverter o jogo no STF, mas agora preferiu dar um passo atrás e sair da briga de vez.
A CBF vive um momento delicado, com a seleção brasileira sob nova direção de Carlo Ancelotti e o risco de sanções da Fifa pairando no ar. Vamos mergulhar nos impactos dessa desistência, entender por que ela aconteceu e o que pode rolar no futebol brasileiro a partir de agora.
Por que Ednaldo desistiu da luta pela CBF?
A saída de Ednaldo Rodrigues da briga pela CBF pegou muita gente de surpresa, mas faz sentido quando a gente olha o contexto. Na quinta-feira, o desembargador Gabriel Zefiro, do TJ-RJ, mandou ele deixar o cargo por causa de um acordo anulado, que teria a assinatura falsificada do ex-vice-presidente Coronel Nunes. Ednaldo negou as acusações e correu para o STF, pedindo para suspender a decisão e as eleições marcadas pela CBF.
Porém, a pressão era grande. Dezenove das 27 federações estaduais assinaram um manifesto pedindo “renovação” na entidade, mostrando que ele perdeu apoio político. Além disso, a Fifa e a Conmebol já estavam de olho, ameaçando punir o Brasil — até com exclusão de competições internacionais — se a crise continuasse. Para esclarecer, Ednaldo disse que sua desistência é um gesto para “restaurar a paz no futebol”.
Em contrapartida, a decisão não apaga as críticas. Muitos o acusam de tentar se agarrar ao poder, enquanto outros defendem sua gestão, que trouxe estabilidade e a contratação de Ancelotti. Em resumo, ele preferiu evitar um desgaste maior e deixar o caminho livre para um novo presidente.
Como a desistência afeta a eleição da CBF?
Com Ednaldo fora do páreo, a eleição da CBF no próximo domingo ganha ainda mais peso. Fernando Sarney, vice-presidente e interventor nomeado pelo TJ-RJ, já convocou o pleito, que vai escolher o presidente para o quadriênio 2025-2029. Nomes como Ronaldo Fenômeno, Reinaldo Carneiro Bastos (presidente da Federação Paulista) e Samir Xaud (da Federação de Roraima) estão na bolsa de apostas.
A saída de Ednaldo, que não declarou apoio a ninguém, deixa o cenário aberto. Por exemplo, Ronaldo, que tentou concorrer em março mas não teve apoio, pode ganhar força agora. Por outro lado, a falta de um candidato com apoio unânime preocupa, já que divisões internas podem fragilizar a CBF. Além disso, a eleição acontece em um momento delicado, com a seleção se preparando para a estreia de Ancelotti e o Brasil sob pressão para recuperar o prestígio no futebol mundial.
De maneira semelhante, a Fifa exige que a CBF resolva suas questões sem interferências judiciais, o que torna a escolha do novo presidente crucial. Em suma, a desistência de Ednaldo esquenta a disputa e coloca a entidade em um momento de tudo ou nada.
O que isso significa para a seleção e Carlo Ancelotti?
A crise na CBF não poderia vir em hora pior. Carlo Ancelotti, anunciado como técnico da seleção na semana passada, já enfrenta turbulência antes mesmo de pisar no Brasil. A troca de comando na entidade pode mexer com os planos da seleção, que se prepara para o ciclo do Mundial de 2026.
Por exemplo, Ednaldo era o grande responsável por trazer Ancelotti, e sua saída levanta dúvidas sobre a continuidade do projeto. Alguns candidatos podem querer um técnico diferente, enquanto outros podem apoiar o italiano para manter a imagem de renovação. Além disso, a Fifa está de olho e já avisou: qualquer bagunça na CBF pode trazer problemas sérios, como tirar o Brasil de competições internacionais — um verdadeiro pesadelo para os jogadores e pra galera que vibra na arquibancada. Por outro lado, Ednaldo jogar a toalha pode acalmar os ânimos, já que evita uma briga judicial daquelas que se arrastam e deixam todo mundo de cabelo em pé.
De forma parecida, a eleição de um novo presidente pode trazer estabilidade, desde que o escolhido tenha apoio político e credibilidade. Em resumo, o futuro de Ancelotti e da seleção depende de quem assumir a CBF e de como essa transição será conduzida.
Como a crise na CBF impacta o futebol brasileiro?
A novela da CBF vai muito além de uma cadeira de presidente. O futebol brasileiro, que já viveu altos e baixos, está em um momento de reconstrução. A seleção precisa recuperar o brilho, os clubes enfrentam dívidas, e o calendário do Brasileirão está apertado. A saída de Ednaldo, somada à eleição iminente, coloca a entidade em uma encruzilhada.
Por um lado, a mudança pode ser uma chance de renovação. Ednaldo, apesar de feitos como a escolha de Ancelotti, enfrentava críticas por supostas irregularidades e falta de transparência. Uma nova liderança, se bem escolhida, pode trazer mais diálogo com federações e clubes. Por outro lado, uma eleição mal conduzida ou um presidente sem apoio pode aprofundar a crise, afastando patrocinadores e enfraquecendo a CBF perante a Fifa.
Além disso, torcedores estão de olho. A instabilidade na CBF alimenta a desconfiança de quem já está cansado de ver o futebol brasileiro patinando. Para esclarecer, a entidade precisa de um líder que una, e não divida, as forças do esporte. Em suma, a desistência de Ednaldo abre espaço para um recomeço, mas o impacto vai depender do próximo capítulo.
O que esperar do futuro da CBF após essa reviravolta?
Olhando para frente, a CBF entra em uma fase de incertezas e oportunidades. A eleição de domingo é o primeiro passo para definir o rumo do futebol brasileiro. Um presidente forte pode estabilizar a entidade, fortalecer a seleção e melhorar a gestão dos campeonatos. Mas, se a escolha for marcada por disputas ou interesses políticos, o buraco pode ficar ainda mais fundo.
Por exemplo, a Fifa e a Conmebol estão atentas, e qualquer sinal de interferência judicial ou instabilidade pode trazer punições. Além disso, o novo presidente vai herdar desafios como negociar contratos, planejar o Mundial de 2026 e lidar com a pressão por resultados. De maneira semelhante, a relação com os clubes, que muitas vezes se sentem ignorados pela CBF, precisa melhorar.
Por outro lado, a desistência de Ednaldo pode ser um sinal de que o futebol brasileiro está pronto para virar a página. Sua saída, embora polêmica, evita um racha ainda maior. Em resumo, o futuro da CBF depende de uma eleição transparente e de um líder que coloque o esporte acima de tudo. Para os torcedores, resta torcer para que o próximo presidente traga o orgulho de volta ao futebol pentacampeão.