Os Estados Unidos, que já foram o sonho de viagem de muita gente, estão vendo os turistas virarem as costas. O antiamericanismo, impulsionado por tarifas comerciais, histórias de visitantes detidos e um discurso que soa grosseiro para o resto do mundo, está esvaziando hotéis, parques e restaurantes. Esse cenário pode custar bilhões de dólares à economia, além de apagar o brilho de um país conhecido por suas portas abertas. Vamos mergulhar nessa história, entender por que os viajantes estão hesitando, e descobrir como isso afeta a vida de quem depende do turismo nos EUA.
Antiamericanismo: Quando o Sonho Americano Perde o Charme
O antiamericanismo não é algo novo, mas está machucando o turismo como nunca. Tarifas comerciais, como as aplicadas contra China e Europa, criam rusgas que vão além do comércio. Por exemplo, os chineses, que já gastaram US$ 36 bilhões nos EUA em 2019, agora aparecem 20% menos, segundo a Associação de Viagens dos EUA. Além disso, relatos de turistas parados em aeroportos por questões de visto ou segurança reforçam a ideia de um país que não rola tapete vermelho. “Me senti um intruso, não um visitante”, desabafou Wei Zhang, turista de Pequim.
Por outro lado, o jeito que os EUA falam com o mundo não ajuda. Discursos políticos que parecem apontar o dedo para outras culturas afastam quem quer curtir uma viagem sem stress. Uma pesquisa da Pew Research revelou que 60% dos europeus enxergam os EUA com menos carinho hoje. Apesar disso, lugares como Nova York e Miami ainda encantam, mas o fluxo de visitantes caiu. Assim, o antiamericanismo está apagando o brilho de um setor que movimenta US$ 1,1 trilhão por ano. A saída? Mostrar um lado mais acolhedor.
O Bolso dos Americanos Sente o Antiamericanismo
Quando menos turistas chegam, a economia americana leva um soco. Antes da pandemia, o turismo internacional injetava US$ 256 bilhões por ano, mas hoje os números estão 15% abaixo de 2019, segundo o Departamento de Comércio. Pense nos hotéis de Las Vegas com quartos vazios ou nos parques da Disney com menos famílias asiáticas. Cada dólar a menos machuca garçons, guias turísticos e lojistas. “Sem os estrangeiros, nosso café mal paga as contas”, contou Elena Martinez, dona de um bistrô em Orlando.
Além disso, cidades menores, como Charleston ou Santa Fé, sofrem ainda mais. Esses lugares dependem de visitantes para manter o comércio vivo. Por exemplo, uma lojinha de souvenirs em Savannah viu as vendas caírem 30% em dois anos. Apesar disso, o governo tenta reagir com campanhas de turismo, mas esbarra na má fama lá fora. Em resumo, o antiamericanismo não é só um problema de imagem; ele tira comida da mesa de muita gente. Assim, reconquistar os viajantes é urgente para salvar empregos e negócios.
O Peso das Palavras e das Políticas
O jeito que os EUA se apresentam ao mundo faz toda a diferença. Quando políticos falam em “fechar fronteiras” ou criticam outros países, o recado soa como “você não é bem-vindo”. Isso pesa na cabeça de viajantes como Clara Mendes, do Brasil, que hesita em planejar férias nos EUA. “Quero me sentir à vontade, não julgada”, disse ela. De fato, histórias de turistas enfrentando longos interrogatórios em aeroportos viralizam e assustam.
Por outro lado, a mídia internacional às vezes exagera esses casos, pintando os EUA como um lugar hostil. Uma pesquisa da Skift mostrou que 45% dos latino-americanos evitam o país por medo de problemas na imigração. Apesar disso, o Departamento de Estado jura que os processos são justos. Contudo, mudar essa percepção exige mais do que promessas. Assim, os EUA precisam investir em uma comunicação mais amigável e em experiências que façam o turista se sentir em casa desde o desembarque.
Histórias de Turistas: O Lado Humano do Problema
Quem já visitou os EUA tem histórias que explicam o impacto do antiamericanismo. Pensa no Diego Lopez, do México, que passou quase uma hora respondendo perguntas no aeroporto de Miami, mesmo com visto em dia. “Foi humilhante”, ele confessou. Essas experiências, compartilhadas em redes sociais, desencorajam outros viajantes. Por exemplo, grupos de jovens franceses, que antes lotavam as praias da Califórnia, agora preferem destinos como Austrália ou Canadá, onde se sentem mais bem-recebidos.
Em contrapartida, nem todo mundo reclama. Turistas como Sophie Brown, do Reino Unido, ainda adoram a energia de cidades como Chicago. “Fui tratada como rainha”, ela brincou. Ainda assim, os números não mentem: o turismo internacional está em baixa. De fato, cada relato negativo espalha uma onda de desconfiança. Assim, os EUA precisam criar mais histórias positivas, garantindo que os visitantes saiam com vontade de voltar e contar aos amigos.
Tarifas Comerciais: Um Tiro no Pé do Turismo
As tarifas comerciais, usadas para proteger a economia americana, estão saindo caro. Ao taxar produtos de países como China e Canadá, os EUA geram atritos que afastam turistas. Por exemplo, a China emitiu alertas de viagem, desencorajando seus cidadãos a visitar os EUA, o que derrubou o número de visitantes asiáticos em cidades como Seattle. Como resultado, restaurantes e hotéis dessas regiões amargam prejuízos.
Além disso, essas tarifas encarecem a experiência do turista. “Paguei uma fortuna por uma cerveja importada em Nova York”, reclamou Luca Rossi, da Itália. Apesar disso, o governo defende as tarifas como necessárias para a indústria local. Contudo, o turismo, que representa 10% do PIB, sofre com as retaliações. Em resumo, as políticas comerciais precisam olhar para o impacto no setor de viagens. Assim, encontrar um equilíbrio entre protecionismo e hospitalidade pode salvar bilhões.
Como Virar o Jogo Contra o Antiamericanismo
Para trazer os turistas de volta, os EUA precisam agir com inteligência. Começar pelos aeroportos é essencial: processos de visto mais simples e agentes de imigração mais simpáticos podem mudar a primeira impressão. Por exemplo, o Canadá adotou um sistema eletrônico que facilitou a entrada e reduziu queixas. Além disso, campanhas como “Welcome to America” poderiam destacar as belezas do país, de Yellowstone a Nova Orleans, mostrando um lado mais caloroso.
Por outro lado, a diplomacia tem que entrar na dança. Reduzir tensões com parceiros comerciais e adotar um tom mais amigável nas relações internacionais pode melhorar a imagem dos EUA. De fato, países como Nova Zelândia conquistaram turistas com mensagens positivas. Apesar disso, o caminho é longo: reconstruir a confiança leva tempo. Assim, unir esforços do governo, empresas e comunidades é a receita para fazer os visitantes se sentirem em casa novamente.
O Futuro do Turismo Americano
Se o antiamericanismo continuar, os EUA podem perder até US$ 100 bilhões no turismo até 2030, segundo a Associação de Viagens dos EUA. Cidades como Austin ou Nashville, que vivem de festivais e visitantes, já sentem o impacto. “Sem os estrangeiros, nosso bar de jazz tá vazio”, lamentou Tom Carter, dono de um bar em Nova Orleans. Por exemplo, eventos como o South by Southwest atraem menos público internacional, afetando toda a cadeia local.
Apesar disso, há luz no fim do túnel. Parcerias com influenciadores e promoções de pacotes turísticos estão começando a aparecer. Além disso, a Copa do Mundo de 2026 pode ser uma chance de ouro para mostrar o melhor dos EUA. Contudo, tudo depende de mudar a percepção global. Em resumo, o país precisa provar que é um lugar onde todos são bem-vindos. Assim, o turismo pode voltar a ser um motor de alegria e prosperidade.
Um Chamado para Mudar a Imagem
Para fechar, o antiamericanismo está cobrando um preço alto. Tarifas, detenções e um tom áspero estão afastando turistas e bilhões de dólares, machucando comunidades que vivem de visitantes. Apesar disso, os EUA têm tudo para dar a volta por cima: paisagens incríveis, cultura vibrante e um povo que, no fundo, adora receber bem. Investir em hospitalidade, diplomacia e campanhas positivas é o caminho.
Por fim, o turismo é sobre criar memórias, não barreiras. Os EUA podem reconquistar o coração dos viajantes, mas precisam agir rápido. Assim, o país tem a chance de transformar esse desafio em uma oportunidade de mostrar ao mundo que suas portas estão abertas, prontas para receber quem quer viver o sonho americano.