Dorival Júnior Fora da Seleção Brasileira: Qual o Próximo Passo para o Futuro? – Clube da Bola
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Dorival Júnior Fora da Seleção Brasileira: Qual o Próximo Passo para o Futuro?

O Futuro da Seleção Brasileira Após a Saída de Dorival Júnior: Desafios e Esperanças

Dorival

Na última sexta-feira, 28 de março de 2025, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a demissão de Dorival Júnior como técnico da Seleção Brasileira. A decisão veio após uma derrota acachapante por 4 a 1 para a Argentina, em Buenos Aires, considerada a pior da história em eliminatórias para a Copa do Mundo. Com isso, o ciclo de 14 meses do treinador chegou ao fim, deixando o Brasil em quinto lugar na tabela de classificação para o Mundial de 2026. Agora, o futuro da Seleção Brasileira desperta dúvidas e expectativas. O que podemos esperar dessa nova fase?

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O Ciclo de Dorival Júnior: Uma Análise do Desempenho

Dorival Júnior assumiu o comando da Seleção em janeiro de 2024, trazendo consigo a experiência de títulos como a Copa Libertadores e a Copa do Brasil com o Flamengo, além da recente conquista da Copa do Brasil com o São Paulo. A expectativa era alta, especialmente após a passagem instável de Fernando Diniz, que deixou o time em uma posição vulnerável nas eliminatórias. Durante seu período à frente da equipe, Dorival comandou 16 jogos, com sete vitórias, sete empates e duas derrotas. Além disso, o Brasil marcou 25 gols e sofreu 17.

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Embora os números pareçam razoáveis, o desempenho em campo não convenceu. A eliminação nas quartas de final da Copa América de 2024 para o Uruguai, nos pênaltis, já havia acendido um alerta. A derrota para a Argentina, porém, foi o golpe final. O jogo expôs fragilidades táticas e falta de consistência, reacendendo críticas sobre a ausência de um padrão de jogo claro. Assim, a CBF optou por encerrar o ciclo, buscando uma mudança drástica para recuperar o prestígio da Seleção.

Por Que a Demissão Aconteceu?

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A saída de Dorival Júnior reflete uma combinação de fatores. Primeiramente, a pressão por resultados imediatos é uma constante no futebol brasileiro. A Seleção, pentacampeã mundial, carrega o peso de uma história gloriosa, e qualquer tropeço significativo gera reações intensas. A derrota para a Argentina, rival histórico, amplificou essa cobrança. Além disso, o placar elástico revelou problemas defensivos e uma incapacidade de reagir diante de adversidades, o que minou a confiança no trabalho do treinador.

Outro aspecto importante foi a falta de identidade tática. Dorival, conhecido por sua abordagem pragmática em clubes, não conseguiu implantar um estilo definido na Seleção. Em vez disso, o time oscilou entre momentos de brilho individual e falhas coletivas. Por fim, a CBF, sob o comando de Ednaldo Rodrigues, parece ter adotado uma postura de ação rápida para evitar um desgaste maior nas eliminatórias. Com isso, a demissão sinaliza uma busca por renovação, mesmo que o momento seja delicado.

O Impacto no Cenário Atual das Eliminatórias

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Atualmente, o Brasil ocupa a quinta posição nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026, com duas vitórias, quatro empates e duas derrotas em oito jogos. A competição concede seis vagas diretas, mas a proximidade na tabela exige atenção. A Argentina lidera com folga, enquanto equipes como Uruguai e Colômbia mostram consistência. Assim, o próximo treinador terá a missão de garantir a classificação sem depender de sustos ou repescagens.

A troca de comando agora, a pouco mais de dois meses das próximas rodadas em junho, contra Equador e Paraguai, traz incertezas. Um novo técnico precisará de tempo para conhecer o elenco e implementar ideias, mas o calendário apertado pode limitar essa adaptação. Portanto, a CBF enfrenta um desafio logístico e estratégico para manter o Brasil no caminho certo.

Quem Pode Assumir o Comando?

Com a saída de Dorival, especulações sobre o próximo treinador já começaram. Um nome que ganha força é o de Jorge Jesus, atualmente no Al-Hilal, da Arábia Saudita. O português, que brilhou no Flamengo em 2019 com um futebol ofensivo e títulos como a Libertadores, tem o perfil desejado por muitos torcedores. Sua experiência internacional e capacidade de extrair o melhor de elencos talentosos o colocam como favorito. No entanto, sua saída do clube saudita, que disputará o Mundial de Clubes em junho, pode ser um entrave.

Outra possibilidade é Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid. Ednaldo Rodrigues já tentou contratá-lo em 2023, mas o italiano renovou com o clube espanhol. Agora, com o ciclo de Dorival encerrado, a CBF pode fazer nova investida. Caso opte por um estrangeiro, seria a primeira vez na história que a Seleção teria um técnico não brasileiro, marcando uma ruptura com a tradição. Alternativamente, nomes como Tite, que venceu a Copa América em 2019, também surgem como opções seguras e conhecidas.

O Que o Futuro Reserva para a Seleção Brasileira?

O próximo capítulo da Seleção Brasileira dependerá de escolhas acertadas. Além do treinador, a CBF anunciou que toda a estrutura da equipe, incluindo o diretor Rodrigo Caetano, será substituída. Essa reformulação sugere uma tentativa de corrigir falhas institucionais, como a falta de planejamento a longo prazo. Assim, o novo comando terá a chance de construir um projeto sólido rumo à Copa de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México.

A qualidade do elenco não é o problema. Jogadores como Vinícius Júnior, Rodrygo e Endrick representam uma geração promissora, mas a ausência de Neymar, ainda em recuperação de lesão, exige ajustes. O futuro técnico precisará encontrar equilíbrio entre juventude e experiência, além de resgatar a conexão com a torcida, que anda desacreditada. Dessa forma, o sucesso dependerá de um trabalho coeso, tanto dentro quanto fora de campo.

Expectativas da Torcida e o Resgate da Paixão

A torcida brasileira, conhecida por sua paixão, espera mais do que vitórias. Ela deseja ver um futebol que encante, que remeta aos tempos de Pelé, Zico e Ronaldo. A gestão de Dorival, embora tenha tido momentos positivos, não conseguiu reacender essa chama. Agora, a chegada de um novo treinador traz esperança, mas também o desafio de reconquistar a confiança do público. Um estilo de jogo envolvente e resultados consistentes serão fundamentais para isso.

Além disso, a Seleção precisa se adaptar ao futebol moderno. As potências europeias, como França e Inglaterra, evoluíram taticamente, enquanto o Brasil parece preso a um passado glorioso. O próximo técnico terá de alinhar tradição e inovação, aproveitando o talento individual para criar um coletivo competitivo. Só assim o país poderá sonhar com o hexa em 2026.

Um Momento de Transição e Oportunidade

A demissão de Dorival Júnior marca um ponto de inflexão. Apesar das críticas, seu trabalho deixou lições, como a necessidade de mais tempo para ajustes e a importância de uma preparação robusta para torneios. Agora, o Brasil entra em uma fase de transição, com a chance de corrigir rumos e mirar o futuro. A escolha do novo treinador será decisiva, mas o sucesso também dependerá de uma gestão eficiente da CBF.

Em resumo, o futuro da Seleção Brasileira é um misto de incerteza e potencial. A torcida aguarda ansiosa por sinais de mudança, enquanto os jogadores esperam liderança. Seja com Jorge Jesus, Carlo Ancelotti ou outro nome, o próximo passo precisa ser firme. Afinal, o Brasil não quer apenas participar da Copa de 2026; quer brilhar como protagonista. O caminho começa agora, e o mundo do futebol está de olho.