O Banco do Brasil anunciou, neste sábado, 29 de março de 2025, que já emprestou R$ 600 milhões por meio do novo crédito consignado, lançado no dia 21 de março. Esse marco destaca o papel de protagonista da instituição no programa Crédito do Trabalhador, uma iniciativa do governo federal para ampliar o acesso ao crédito com juros mais baixos. Além disso, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que os bancos, em conjunto, liberaram mais de R$ 2 bilhões até sexta-feira, dia 28. Esses números impressionam e mostram a força inicial do programa.
Um Começo Promissor para o Crédito do Trabalhador
O novo consignado começou com tudo. Em apenas uma semana, o Banco do Brasil alcançou a marca de R$ 600 milhões em empréstimos, atendendo trabalhadores de mais de 3 mil municípios. Esse sucesso reflete a estratégia agressiva da instituição, que busca liderar o mercado dessa modalidade. A plataforma eSocial, usada para oferecer o crédito, facilita o acesso de trabalhadores com carteira assinada, permitindo que eles comparem taxas de bancos e fintechs antes de contratar. Assim, o programa combina praticidade com competitividade.
A Febraban, por sua vez, trouxe uma visão mais ampla. Até o dia 28, os bancos participantes já haviam liberado mais de R$ 2 bilhões. Esse volume mostra o apetite inicial pelo crédito e a confiança das instituições no programa. Com 40 bancos homologados e 26 já operando, o novo consignado ganha tração rapidamente. Dessa forma, a iniciativa promete transformar o acesso ao crédito no setor privado, trazendo benefícios diretos para milhões de brasileiros.
O Papel de Destaque do Banco do Brasil
O Banco do Brasil não esconde seu orgulho com os resultados. Em nota, Antonio Chiarello, diretor de empréstimos e financiamentos, destacou o “protagonismo” da instituição. Ele enfatizou que os R$ 600 milhões representam um marco em apenas sete dias, alcançando todas as regiões do país. Esse desempenho alinha-se ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em fevereiro, cobrou do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal uma atuação forte no programa. O objetivo? Fomentar concorrência e reduzir juros.
A experiência do Banco do Brasil com o consignado tradicional, voltado a servidores e aposentados, dá uma vantagem clara. Agora, a instituição aplica esse conhecimento ao setor privado, mirando a liderança. Além disso, a capilaridade do banco, presente em mais de 3 mil municípios, facilita a distribuição do crédito. Com isso, o Banco do Brasil se posiciona como peça-chave no sucesso inicial do programa, pavimentando o caminho para outros bancos seguirem.
Como Funciona o Novo Consignado?
O Crédito do Trabalhador opera de forma simples e inovadora. Trabalhadores com carteira assinada acessam a plataforma eSocial e solicitam o empréstimo. Lá, autorizam o compartilhamento de dados, como CPF, salário e tempo de empresa. Em até 24 horas, recebem ofertas de bancos e fintechs, podendo escolher a melhor opção. As parcelas, descontadas diretamente na folha de pagamento, respeitam a margem de 35% do salário. Essa estrutura reduz riscos para os bancos e, consequentemente, os juros para os clientes.
Outro ponto forte é a segurança em caso de demissão. O programa permite usar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia. Se o trabalhador mudar de emprego, o saldo restante segue para o novo vínculo. Além disso, ele tem sete dias para cancelar o contrato, devolvendo o valor integral. Essas regras protegem o consumidor e tornam o crédito mais atraente, incentivando adesão em massa.
Impacto Imediato: R$ 2 Bilhões em Uma Semana
A Febraban celebrou os R$ 2 bilhões liberados até sexta-feira, dia 28. Esse valor, somado aos R$ 600 milhões do Banco do Brasil, indica que outros bancos também abraçaram o programa com entusiasmo. Nos primeiros sete dias, o Ministério do Trabalho registrou R$ 1,28 bilhão em contratos, com 193,7 mil operações. Os números da Febraban, ligeiramente maiores, sugerem que o ritmo acelerou nos últimos dias da semana. Assim, o novo consignado prova sua relevância logo na largada.
Esse volume reflete a demanda reprimida por crédito acessível. Diferente do consignado tradicional, restrito a servidores e aposentados, o novo modelo alcança 47 milhões de trabalhadores do setor privado, incluindo domésticos e rurais. Com taxas médias caindo de 103% ao ano para cerca de 40%, segundo estimativas, o programa barateia o custo do dinheiro. Dessa forma, ele dinamiza a economia, especialmente em um momento de alta da Selic.
Por Que o Programa Faz Diferença?
O novo consignado chega como uma resposta a um problema antigo: o crédito caro no Brasil. Sem garantias como a folha de pagamento, os bancos cobram juros altos no crédito pessoal, muitas vezes acima de 6% ao mês. O Crédito do Trabalhador muda isso. Com o desconto automático, o risco de inadimplência cai, permitindo taxas mais baixas. Para o trabalhador, isso significa substituir dívidas caras por opções mais leves, aliviando o orçamento.
Além disso, o programa estimula o consumo. Com mais dinheiro disponível, famílias podem gastar em bens e serviços, aquecendo a economia. O governo Lula aposta nessa fórmula para impulsionar o crescimento, mesmo com o Banco Central mantendo juros elevados para conter a inflação. Assim, o consignado privado se torna uma ferramenta de inclusão financeira e desenvolvimento econômico, beneficiando trabalhadores e empresas.
O Que os Especialistas Dizem?
Analistas veem o início do programa com otimismo. A Febraban destacou que o “benefício já é indiscutível”, apontando os ajustes operacionais feitos com o governo. Para especialistas, os R$ 2 bilhões em uma semana mostram a aceitação do modelo. No entanto, eles alertam que o sucesso depende de continuidade. A partir de 25 de abril, bancos poderão oferecer o crédito em seus canais digitais, ampliando o alcance. Em junho, a portabilidade entra em cena, aumentando a concorrência.
Antonio Chiarello, do Banco do Brasil, reforçou a importância de escolhas conscientes. Ele recomenda que os trabalhadores avaliem taxas, prazos e o custo efetivo total antes de contratar. Essa orientação visa evitar endividamento excessivo, garantindo que o crédito seja uma solução, não um problema. Dessa maneira, o programa equilibra acesso fácil com responsabilidade financeira.
O Futuro do Crédito Consignado
O novo consignado tem potencial para crescer ainda mais. A Febraban estima que, em quatro anos, 19 milhões de trabalhadores contratem cerca de R$ 120 bilhões em empréstimos. Esse cenário reforça a inclusão financeira, especialmente para quem nunca teve acesso a crédito barato. Além disso, a entrada de fintechs no programa promete inovação, com ofertas rápidas e personalizadas via plataformas digitais.
Para o Banco do Brasil, o objetivo é claro: manter a liderança. Com R$ 600 milhões em uma semana, a instituição já sinaliza força. A experiência em consignado tradicional e a presença nacional dão uma vantagem competitiva. No entanto, outros bancos, como a Caixa, também devem avançar, seguindo a orientação do governo. Assim, a disputa pelo mercado deve aquecer, beneficiando os trabalhadores com melhores condições.
Benefícios para os Trabalhadores Brasileiros
O programa traz alívio imediato para quem precisa de dinheiro. Um trabalhador com dívida cara, como cartão de crédito, pode trocá-la por um consignado mais barato, reduzindo os juros mensais. Além disso, o acesso via eSocial elimina barreiras, como a necessidade de convênios entre empresas e bancos. Isso democratiza o crédito, alcançando até empregados de pequenas firms ou MEIs.
A segurança do modelo também tranquiliza. Com garantias como FGTS e multa rescisória, o trabalhador não fica desamparado em caso de imprevistos. A possibilidade de cancelamento em sete dias adiciona flexibilidade. Portanto, o Crédito do Trabalhador combina praticidade, custo baixo e proteção, tornando-se uma opção atraente para milhões.
Um Impulso para a Economia em 2025
O sucesso inicial do consignado reflete no cenário econômico. Os R$ 2 bilhões injetados em uma semana circulam no comércio, nas indústrias e nos serviços. Em um ano de desafios, com a Selic alta, esse estímulo é bem-vindo. O governo espera que o crédito sustente o consumo, ajudando a manter empregos e a atividade econômica. Assim, o programa se alinha à meta de dinamizar o mercado sem depender apenas de políticas monetárias.
Para o Banco do Brasil, os R$ 600 milhões reforçam seu papel social e econômico. A instituição não só lucra, mas também apoia o crescimento do país. Com mais bancos aderindo, o impacto deve se multiplicar. Dessa forma, o novo consignado surge como uma ponte entre trabalhadores e uma economia mais forte, começando 2025 com o pé direito.
Um Marco para o Crédito no Brasil
O novo consignado já deixa sua marca. Com R$ 600 milhões do Banco do Brasil e mais de R$ 2 bilhões no total, a primeira semana supera expectativas. O programa prova que crédito acessível tem demanda e pode transformar vidas. À medida que avança, com portabilidade e canais digitais, ele deve alcançar ainda mais brasileiros. O Banco do Brasil lidera o caminho, mas o sucesso depende de todos os envolvidos. Em 2025, o Crédito do Trabalhador promete ser um divisor de águas, unindo inclusão e crescimento.