Hoje, 18 de junho de 2025, o Brasil acordou com uma boa notícia: o país está livre da gripe aviária em granjas comerciais. Após 28 dias sem novos casos, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O único caso, em uma granja em Montenegro, Rio Grande do Sul, foi controlado rapidamente. Mas a história não termina aí. Países como China e Argentina ainda bloqueiam o frango brasileiro, e reabrir esses mercados será um desafio. A gripe aviária trouxe prejuízos, mas também mostrou a força do setor avícola. Vamos entender o que aconteceu, os impactos e o que vem pela frente.

O Susto da Gripe Aviária em Montenegro

Em maio de 2025, a gripe aviária chegou a uma granja em Montenegro, a 70 km de Porto Alegre. Foi o primeiro caso em uma criação comercial no Brasil. O Mapa agiu rápido: isolou a granja, destruiu aves e ovos, e monitorou outras propriedades. Após 28 dias sem novos casos de gripe aviária, o Brasil pôde se declarar livre da doença.

A resposta foi um sucesso. Equipes de veterinários trabalharam sem parar para conter o vírus. Acordos com países como Japão ajudaram a limitar os bloqueios apenas ao Rio Grande do Sul. Mesmo assim, a gripe aviária deixou marcas. Produtores enfrentaram perdas, e o setor agora precisa reconquistar a confiança mundial. A rapidez na ação foi essencial, mas o caminho para recuperar mercados é longo.

Ações para conter a gripe aviária

• Isolamento da granja afetada
• Destruição de aves e ovos
• Monitoramento de outras granjas

Impactos no Bolso dos Produtores

A gripe aviária, mesmo com apenas um caso, atingiu o setor avícola em cheio. O Brasil exporta frango para 160 países, e 53 deles suspenderam as compras após o surto. China, o maior comprador, fechou as portas por 60 dias. Argentina e União Europeia também bloquearam as importações. Isso causou perdas de R$ 1,7 bilhão por mês, segundo estimativas.

Os estoques de frango se acumularam, e os preços caíram no mercado interno. Para os consumidores, isso pode significar frango mais barato por um tempo. Mas, para os produtores, a gripe aviária trouxe incertezas. Muitos temem cortes de empregos e menos investimentos. A concorrência global, com países como Tailândia e Estados Unidos, também preocupa. O Brasil precisa agir rápido para reabrir mercados e evitar que a gripe aviária cause danos ainda maiores.

Países que suspenderam importações
China: Bloqueio por 60 dias
União Europeia: Suspensão total
Argentina: Restrições temporárias

Como a Gripe Aviária Chegou?

A gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, já aparecia em aves silvestres no Brasil desde 2023. Mas foi em maio de 2025 que ela atingiu uma granja comercial. A suspeita é que aves migratórias, que carregam o vírus, tenham trazido a doença para Montenegro. Um zoológico próximo, em Sapucaia do Sul, também teve casos, reforçando essa ideia.

O Mapa investigou milhares de casos suspeitos nos últimos anos. Menos de 5% foram confirmados, o que mostra o cuidado na vigilância. A gripe aviária exige atenção constante, já que o vírus pode voltar com as aves migratórias. Por isso, o Brasil reforçou a segurança nas granjas, com medidas como desinfecção e controle de acesso. O susto em Montenegro foi um alerta: a gripe aviária não pode ser ignorada.

Fontes possíveis da gripe aviária

• Aves migratórias
• Água contaminada
• Falhas em segurança

Frango e Ovos São Seguros?

Quando a gripe aviária apareceu, muita gente ficou com medo de comer frango ou ovos. A boa notícia é que não há risco, desde que você cozinhe bem os alimentos. O vírus H5N1 não resiste a 70°C, segundo o Mapa e a Organização Mundial da Saúde. A gripe aviária fica nas vias respiratórias das aves, não na carne ou nos ovos.

Casos humanos são raros e só acontecem com contato direto com aves doentes. No Brasil, ninguém pegou a doença. Um trabalhador em Montenegro teve sintomas, mas testes deram negativo. Para ficar tranquilo, cozinhe bem, lave as mãos e separe utensílios de carne crua. A gripe aviária não é uma ameaça na cozinha se você tomar esses cuidados.

Cuidados ao preparar alimentos

Reabrindo os Mercados

Estar livre da gripe aviária é uma grande vitória, mas não acaba com os bloqueios. Cada país decide quando retomar as compras, e isso exige negociações. México e Rússia já aceitam frango de outras regiões do Brasil. Mas a China e a União Europeia mantêm restrições mais duras. O Mapa enviou relatórios para provar que o país está seguro.

O problema é que a concorrência não espera. Países como Tailândia estão prontos para ocupar o espaço do Brasil. A gripe aviária mostrou como o mercado global é disputado. Para vencer, o Brasil precisa mostrar que seu sistema sanitário é confiável. Acordos com Japão e Filipinas ajudam, mas o processo é lento. O setor avícola torce por avanços rápidos.

Situação dos bloqueios

Futuro do Setor Avícola

A gripe aviária foi controlada, mas deixou lições importantes. O vírus H5N1 ainda circula pelo mundo, exigindo que o Brasil fique alerta. Investir em segurança, como desinfecção rigorosa, monitoramento constante e barreiras em granjas, é vital para evitar novos surtos. O setor avícola, que emprega milhões, garante comida barata e sustenta famílias, depende disso. Proteger as granjas significa proteger empregos, renda e a economia local. A crise da gripe aviária expôs a dependência do Brasil das exportações de frango, que representam bilhões anualmente.

Para evitar problemas futuros, o país deve buscar novos mercados, como na Ásia e África, e incentivar o consumo interno com campanhas acessíveis. A gripe aviária foi um susto, mas também uma chance de crescer. Com planejamento, trabalho árduo e investimento em prevenção, o Brasil pode fortalecer sua posição e continuar liderando o mercado mundial de frango, assegurando estabilidade e segurança alimentar para todos.

Medidas para o futuro